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CASA G | W

 

 

CASA G | W

Com uma área construída de cerca de 190m², dividida em dois pavimentos, esta casa foi projetada para aproveitar ao máximo a vista da cidade que se tem a partir do lote. Além dessa vista, outra diretriz de projeto foi a valorização de uma pedra natural que já existia no terreno. Por sinal, foi esta pedra que motivou os proprietários a escolherem este local para construírem sua casa.

Tirando partido disso, a volumetria da edificação é marcada por lajes horizontais que criam a sensação de que ela está flutuando sobre a pedra.

O programa de necessidades exigido pelo casal compreendia uma sala de estar, uma sala de jantar, cozinha, área de serviço, um quarto de visitas, um banheiro social, dois quartos dos filhos e uma suíte com closet e varanda. Dessa forma, foi desenvolvida uma planta modular e compacta, a fim de otimizar os custos de construção, com os cômodos sociais (salas e cozinha) integrados. No térreo, tem- se as salas e cozinha voltadas para a vista da cidade e que se conectam ao deck suspenso sobre a pedra. A partir da cozinha é possível entrar na área de serviço, que também conta com um acesso aos fundos do terreno e à garagem.

A escada para o segundo pavimento é emoldurada por enormes janelas que conectam, visualmente, o deck ao quintal de fundos, integrando os ambientes internos aos externos. No segundo andar, há a área íntima, com os quartos e uma varanda privativa à suíte principal.

Todos os cômodos possuem grandes janelas que permitem uma ampla visualização da paisagem externa. Devido a possível incidência solar em tais janelas e para diminuir os ganhos de calor provenientes da insolação das fachadas, a casa foi estrategicamente posicionada para que os quartos fiquem voltados para o sol da manhã e que todas as janelas não recebam o sol da tarde (com exceção da janela da área de serviço). Pensando no conforto interno, aproveitou - se os ventos predominantes na região para criar janelas dispostas em fachadas opostas, possibilitando uma ventilação cruzada em todos os ambientes internos.

Os materiais naturais, como a pedra, a madeira e o tijolo, marcam as fachadas e criam a ambiência de casa de campo, ideal para que este lar se torne um refúgio em meio à cidade.

O terreno original possuía um aclive em relação à rua, com cerca de seis metros de diferença. Para resolver isso, foi executado um platô na cota média (e acima da pedra) onde a maior parte da edificação se apoia. Temos um deck num balanço de três metros da estrutura, de onde se vê toda a cidade formada no fundo de um vale recoberto por fragmentos da Mata Atlântica.

Para reforçar a estética desejada, foi escolhido um telhado aparente com telhas cerâmicas esmaltadas e estrutura em madeira de lei, com calhas embutidas e generosos beirais de noventa centímetros de largura. Grandes vãos foram obtidos a partir do uso de esquadrias de alumínio e vidro e do uso de um dos elementos arquitetônicos preferidos do arquiteto, o Cobogó, que leva iluminação e ventilação natural à garagem, além de garantir um lindo detalhe no muro frontal.

Com desenho alinhado à tendência do design biofílico, a arquitetura ganha a inserção do elemento natural através do uso de floreira suspensa; de horta acessível e outras vegetações inseridas nos espaços internos. Esse elemento trará à edificação uma conexão com a vegetação natural, permitindo que a cada época do ano (ou a cada troca de espécie) se tenha uma leitura diferente da fachada.

 

FICHA TÉCNICA

Localização | Domingos Martins

Área do terreno | 412,21m²

Área construída | 190,30m²

Ano do projeto | 2021